Retomada econômica é pauta da II Reunião de Hotelaria e Convidados do Macaé C&VB
O Macaé Convention & Visitors Bureau reuniu nesta última quinta-feira (21), toda hotelaria associada à instituição para apresentar dados sobre o atual e futuro cenário econômico da cidade.
A reunião aconteceu no Hotel Royal Macaé Palace, das 15h às 18h e contou com mais de 50 profissionais do segmento hoteleiro, representantes de instituições e convidados da diretoria.
Na ocasião foram tratadas diretrizes para o Verão Sesc 2020, evento que promete movimentar a região e atrair turistas de todos os cantos do país. Infraestrutura adequada e qualidade no atendimento foram pautas principais sobre o tema.
Palestras sobre o projeto recém-licenciado do TEPOR e as perspectivas de emprego e renda para Macaé no setor de óleo e gás fecharam a programação da reunião.
Para Guilherme Abreu, presidente do Macaé C&VB, reuniões como essa são importantes para avançar e concretizar um trabalho de paciência e persistência que é feito todos os dias, por cada empresário e apoiador da instituição que acredita nas ações realizadas e principalmente na força do município com o mercado reaquecido.
Todo mundo quer saber: o porto sai ou não sai?!
Foram apresentadas notícias oficiais sobre o TEPOR Macaé e Termelétricas, pelo empresário José Eduardo Carramenha, gestor do Grupo Vale Azul Energia, empresa autora do projeto, que desde meados de 2016 vem investindo no empreendimento.
– O porto terá dois terminais, um para o óleo e outro para o gás e marcará a valorização do petróleo no país, além de proporcionar um novo mercado para a cidade, devido as resinas e derivados, como por exemplo, as indústrias Petroquímica e a Manufatureira. Sendo uma grande geradora de energia em função dos produtos que irão passar por aqui, – afirmou.
O próximo passo é a aprovação da segunda licença, o “como fazer”, já que a licença prévia do “o quê fazer” já foi autorizada pelo INEA. A expectativa é que dentro de 6 meses deverão concretizar os trâmites burocráticos e dar início às obras.
Para Carramenha, o crescimento é em cadeia, pois, são esperados 17 mil novos empregos durante a construção do porto, que durará cerca de 10 anos. Por isso, a hora de investir em treinamentos e qualificação é agora.
Para Carramenha, a indústria do Petróleo é muito grande e tem demanda para todos os portos da região, tendo Macaé, um diferencial: infraestrutura adequada, como escolas, rodovias, rede hoteleira e gastronomia. “Os trabalhadores que virão para essas indústrias vão precisar ter acomodação e lazer para suas famílias e assim vamos fomentar do pequeno comércio às grandes redes.
Perspectivas de empregabilidade no setor Oil & Gás
Gilson Freitas Coelho, secretário executivo da ABESPetro deixou os convidados entusiasmados com sua palestra sobre as perspectivas de empregabilidade no setor de óleo e gás. Gilson explicou que um em cada emprego gerado nas empresas do setor, dois outros empregos são induzidos em outros fornecedores diretos e indiretos e outros oito empregos são criados por efeito renda, além de gerarem relevante impacto sobre a renda média.
– Segundo dados do IBGE, a média salarial dos funcionários do setor de óleo e gás (R$ 21.257) é 7x maior que a média da indústria brasileira em geral (sendo R$ 3.193) e 99% dessa força de trabalho é formada por brasileiros com alta capacitação técnica e que recebem treinamento com certificações em nível internacional, então, já saímos na frente, frisou.
O setor de petróleo representa 53% do total de investimentos, sendo um grande canalizador da formação de capital do país.
– Macaé é caracterizada como um grande “cluster” da indústria de óleo e gás no Brasil, pois possui Infraestrutura Urbana: hotéis e centros de convenções, infraestrutura educacional, infraestrutura de saúde, opções de lazer, mobilidade urbana; Infraestrutura de Acesso: rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroporto/heliporto; Infraestrutura Institucional: desburocratização de procedimentos: abertura de empresa, importação/exportação, cobrança de tributos, licenças ambientais e; Infraestrutura Industrial: terreno e utilidades (água, luz, vapor, etc.), farto acesso rodoviário, porto/base de apoio integrado à zona industrial, custo dos fatores (mão de obra, energia, matéria-prima), cadeia de fornecedores integrada e centros de pesquisas, pontuou.
Confira as fotos do evento: